O autor dos quadrinhos; Calvin e Haroldo, Bill Watterson nos agraciou com uma obra que, em diversos momentos, enterneceu passagens agrestes pelas quais atravessamos durante nossa fase de crescimento. Também nos faz, nostalgicamente, lembrar com humor e questões existenciais de etapas duras de nossa formação nos dando a sensação de alívio e leveza por fazer perceber que a época de infância — tão superestimada por recordações imprecisas por floreadas — já passou.
A coexistência entre Calvin e Moe, provavelmente, fundamenta-se no fato de que menores vivem em um mundo de egocentrismo baseado num sistema de dominação firmado em cima do poder relativo dos membros de um grupo, inúmeras vezes, fantasioso. A brutalidade, comum nas sociedades animais, atinge o apogeu nas sociedades desenvolvidas em crianças e adolescentes quando não há a possibilidade de seus responsáveis os repreender ou haver qualquer tipo de punição aos agressores. Só mais tarde — em alguns — surge a piedade ou identificação com o sofrimento do outro.
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